Todos os dias nascem com a luz da alvorada
como o indício do vivo, o ar do existente
os campos que se abrem por entre as cidades
e se levantam as Tulipas, Bromélias, Margaridas e Hortências
e também se erguem as Margaridas, Magnólias, Rosas e Bromélias
o sol as chama para se erguer no dia que nasce e abandona as estrelas e a lua que estavam a reger o céu de verão
se levantam com o som dos pássaros que gorjeiam como Pero Vaz ouvira
a água corre pelos mananciais e segue rumo ao rio Itaperi
e cantam os rádios e o buzinar dos carros da cidade apressada para terminar mais um dia de trabalho
e acordam as flores que não ligam para a turba organizada que anda rumo a labuta
e levantam as flores com o sol da manhã
com a luz do sol
e se arrumam para trabalhar são Rosas, Tulipas, Hotências
Bromélias, Magnólias e Margaridas
para mais um dia de trabalho
e se vão rumo a parada de ônibus
para dar de comer aos seus filhos
e assim se despertam as flores para mais um dia no alvorecer do esforço da alma
que segue o balanço do vento e o som dos pássaros em uma manhã qualquer de
verão.
- Autor: kleisson ( Offline)
- Publicado: 17 de outubro de 2024 09:24
- Comentário do autor sobre o poema: O esforço das mulheres que acordam sedo para trabalhar e sustentar suas famílias com o suor de seus rostos todos os dias.
- Categoria: Carta
- Visualizações: 2
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