LEITO SECO
Eu sou como o leito seco de um rio
Das águas que lá correram
Restou a terra
Sedenta e árida
E as ramas que na sua margem
Lá nasceram
Secou a folha
Caiu a flor
Mas no leito seco e firme
A semente lá ficou
Cada grão de areia ao soluçar de dor
Lança-se em desafio
Pó, poeira
Que na corredeira
É só areia
Mas, mesmo assim se compraz no cio
Pois agora em secura o que se semeia
É o sangue que lhe corre a veia.
- Autor: Carlos (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 15 de outubro de 2024 17:09
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 20
Comentários2
Pois é amigo poeta. Na aparente secura desse rio, cavando mais fundo vai' se encontrar solo fecundo para novas sementes plantar e depois, a verdura vai de novo nos encantar. Lindo versejar o teu!Aplausos!
Com a categoria que lhe é peculiar. Admiro tuas poesias.
Abraços!
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