LEITO SECO

Carlos Lucena

LEITO SECO
Eu sou como o leito seco de um rio
Das águas que lá correram
Restou a terra
Sedenta e árida 
E as ramas que na sua margem
Lá nasceram
Secou a folha
Caiu a flor 
Mas no leito seco e firme
A semente lá ficou
Cada grão de areia ao soluçar de dor
Lança-se em desafio
Pó, poeira
Que na corredeira 
É só areia
Mas, mesmo assim se compraz no cio
Pois agora em secura o que se semeia
É o sangue que lhe corre a veia.

  • Autor: Carlos (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 15 de outubro de 2024 17:09
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 3


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.