Tanta pressa tinha eu de crescer,
de ficar alto como o meu pai,
sendo o mais inocente que podia ser
ai tempo que lá vai...
Hoje que cresci, e nostalagia que não me larga.
Cresci para ser o orgulho que a minha mãe queria.
Quão feliz ficava eu quando a orgulhava,
E quanto a falta da sua presença me fazia.
Cresci sozinho, aprendi sozinho.
A atenção que não tinha e procurava.
Que até hoje procuro um pouco, fora de casa
Que triste caminho...
Hoje sou grande, mas tão pequeno
Voltar a ser pequeno de coração grande
Antes da perda e do medo
Da solidão e ânsia gigante.
Tinha tanta pressa de crescer
que não valorizei o tempo que passava
Hoje vejo os meus pais envelhecer
E daqui uns dias não volto mais a casa
Já não volta mais o tempo de brincar livremente
hoje são apenas restos de memórias
Que como eu desaparecerão eventualmente
É meu dever de as passar como histórias
Já não vejo aqueles com quem cresci
E moldaram quem hoje sou
Quero tanto voltar no tempo que vivi
e agradecer, pais, amigos, avô
As minhas lembranças são apenas isso, lembranças.
E como velhinho, vou rever me nas minhas crianças
E invejar a inocência e alegria
Até o meu último dia.
- Autor: Deast ( Offline)
- Publicado: 12 de outubro de 2024 17:37
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 5
Comentários1
Crescemos e perdemos o efeito mágico daquelss tempos. Parabéns pela inspiração
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