O trem se foi, levou a riqueza e nada deixou.
O trem retornou, trouxe a riqueza e não compartilhou.
O trem passou, dessa vez vazio, mas aquela riqueza ficou no navio.
O navio se foi, levou a riqueza para longe de mim.
Fico apenas olhando na vã esperança de que um dia o trem deixe um pouco aqui.
Pois neste lugar, por onde o trem passa, existem pessoas que precisam de tudo para poder sorrir.
Falta comida, falta saúde, falta escola na vida daqueles que vivem aqui.
Então, por que o trem não nos dá um pouquinho da riqueza que tem?
Já que sua estrada limita o território onde eu moro também?
Haverá um dia em que aquela riqueza que o trem leva e traz,
Será dividida com quem mais precisa, que é sempre excluído e deixado para trás.
Haverá o momento em que o trem da história nos trará mais acesso, justiça e igualdade,
Sem distinção de gênero, raça, cor ou religiosidade.
O trem da vida é assim: segue em linha reta, sobre trilhos de ferro, em direção ao horizonte,
Trazendo desafios, reverberando seu som para quem está distante.
O bom seria que todos tivéssemos nosso próprio trem,
Para podermos guiá-lo com autonomia e independência também,
Sem precisar pedir o que nos é de direito e nem nada a ninguém.
Então sigamos em frente, conquistando espaços e desbravando a vida, seja a pé ou de trem.
- Autor: Gilvan Oliveira ( Offline)
- Publicado: 12 de outubro de 2024 11:25
- Categoria: Sociopolítico
- Visualizações: 7
Comentários1
Muito bom, poeta!
Abraços
Muito brigado!
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