Ruínas

Thiago R

Veste de alva a manhã este canteiro,

Ao cantochão dos sinos do passado,

Eis-me aqui, um eterno caminheiro,

Na torre erma do meu sonho enevoado.

 

Uma tristeza fez-me prisioneiro,

Vagando há tempos neste povoado...

Queres enterrá-lo na alma o coveiro 

D'agrura que me viste amargurado...

 

Ainda me seguem as dores friorentas,

Quando as estrelas nascem sobre um lago,

Porque são aves negras e agoirentas...

 

Uma visão de lírios e de trevos,

Nessas ruínas frias em que vago 

Sem lira antiga e solares medievos...

 

Thiago Rodrigues 

  • Autor: Thiago R (Offline Offline)
  • Publicado: 8 de outubro de 2024 20:02
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 11
Comentários +

Comentários1

  • Maria dorta

    Lindo soneto revelando o domínio do inspirado poeta, com seus versos acalenta nossas almas de beleza e correção poética. Aplausos de pé,!

    • Thiago R

      Obrigado, Maria, pelas inspiradoras palavras! Desejo-lhe uma boa tarde!



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