A profecia da sexta feira de nevoeiro

Paulo de Tarshish

O nevoeiro consome o mundo,

Os homens fogem para as colinas!

Terror, meu Senhor! Ai o terror!

O mundo é agora palco de carnificinas.

 

A humanidade se entrega nos braços do desejo,

Abraça-o fortemente, sem largar.

Vi homem frustrado que por gosto matava!

Vi mulher cansada seus filhos degolar!

 

O um agora é dois.

Já nada é Uno.

É o fim de uma era!

É o último segundo.

 

Reis se riem do povo,

Seus lábios manchados de sangue e vinho.

Massacram em nome do Saturno!

Diminuir o numero é o seu caminho.

 

Quantos restam?”

Milhões restarão!

Quantos restam?”

Sobram aqueles que o fim verão!

 

O nevoeiro consome!

Tapa as vistas e o coração!

Todos estão cansados.

Quando virá a redenção?

 

A mulher odeia o homem,

O homem odeia a mulher.

O que Deus juntou o homem não separa.

Mas o coração o ódio sempre irá escolher.

 

A criança é corrompida!

Sua pureza desrespeitada!

Eles são o futuro,

Mas desse futuro não resta nada.

 

A ciência criou deuses.

O que antes era pedra agora é divino!

O homem subiu aos céus, acima das estrelas!

Exaltou o seu trono e forjou o seu caminho.

 

Perdido estão esses deuses,

Esse deuses que foram homens.

Perdido está esse caminho,

Caminho imaturo de civilizações jovens.

 

A obra está completa,

Satã ao sétimo dia descansou.

A humanidade é um deus frágil,

Um deus que o Universo rejeitou.

 

Jaz morta a vontade de viver.

Cada dia é um sofrimento sem fim.

Chegamos ao topo e continuamos vazios,

E vazios partiremos daqui.

 

Sexta feira chegou.

Do nevoeiro vejo surgir uma silhueta!

Montado num cavalo branco vem o Encoberto!

Ele traz sabedoria que atormenta!

 

Veio da terra da bondade,

Terra onde nasceu!

Sua pátria está dentro de si!

Sua pátria que renasceu!

 

Das cinzas da guerra,

Das cinzas da ganância!

Vai! Guerreiro lendário!

Traz de volta a nossa confiança!

 

Na sua cabeça está a Coroa de ouro,

No topo da coroa descansa a Pomba Branca.

A sua mão direita segura o cetro.

Com ele vem a arca da Aliança!

 

Templário honrado,

Expulsa e conquista o antigo invasor!

Destrói o deus Ego!

Da Excalibur és possuidor!

 

Cavalga até às grandes nações, Encoberto;

Vai onde reinam os perversos!

Sobe com o teu exército!

Sabes que saborearás momentos adversos!

 

Conquista sem te cansar,

Alexandre o Grande tu és!

Trás salvação ao mundo,

Em nome do Deus de Moisés!

 

Ensina a verdade,

Nem só de batalha vive o homem.

Ensina a justiça!

Ensina o velho e o jovem!

 

Vejo as Bacantes correr em tua direção!

Não fujas Orfeu!

Degola essas harpias,

Que ao mundo trouxeram perdição!

 

Achavam que te matavam,

Teu falo queriam decepar,

Mas agora és Rei Osíris!

As Bacantes jazem mortas jamais voltarão a falar.

 

Vejo o Leão negro,

O Anticristo que vem do deserto.

Sou escolhido por Deus!”

Grita o Leão que procura o Encoberto!

 

O Encoberto ao Leão não poupará!

Degolada está a fera!

Seu exercito jaz caído.

É início da nova era!

 

Excalibur cortou o nevoeiro!

Finalmente vejo o sol a brilhar!

Vejo a Unidade!

Vejo a Verdade a Falar.

 

O Rei finalmente descansa,

É aplaudido pelo povo que o ama!

Sua cidade é o Graal,

Seu símbolo é a eterna Chama.

 

Começa o Reino do milénio,

Reino sem fim!

Governados por Deus,

Pelo Espírito Santo que está em ti.

  • Autor: Paulo de Tarshish (Offline Offline)
  • Publicado: 8 de outubro de 2024 10:59
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 5


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