O Desejado

Paulo de Tarshish

Sou iniciado,

Sou Templário Irmão.

Perseguido sou pelo estrangeiro;

Perfurada está a minha mão.

 

Nasci na terra de Luso,

Onde Deus suas esperanças colocou;

Lá agarrei a Rosa,

Seus espinhos minha mão perfurou.

 

Aos homens prego o evangelho,

Ensino gnose tal como é.

Revelo os meus mistério a quem os entende;

Perfurado está o meu pé.

 

Em batalha seguro minha lança;

Nunca serei derrotado!

Por meus companheiros fui traído;

Meu pé foi perfurado.

 

Sou desejado,

Desejado pela minha nação;

Sou pendurado na oliveira,

Coroado com espinhos da opressão.

 

O Galo três vezes cantou,

Estava eu pendurado na oliveira.

Três vezes cantou o Galo,

Estava cumprida a missão derradeira.

 

O Sol nasce a Sul,

Seu calor queima a oliveira.

Seu tronco agora é pilar ardente;

Arde o meu corpo e a madeira.

 

A bacantes me olham com desejo,

Da minha desgraça zombam.

Meu cadáver caminha e arde;

Eu ordeno às nuvens que chovam.

 

As bacantes rogam aos deuses!

Se ele vive nós morreremos!”

A minha lança é falo nos seus ventres!

Eu e o meu povo livres seremos.

 

Navego pelo caos,

A todas as terras a gnose vou ensinar.

Carrego o caduceu de Mercúrio,

A todos eu vou ressuscitar.

 

Na manhã de nevoeiro nasci,

Regressei para as almas salvar.

Não quero louros ou tesouros,

Vim para as ordens do meu Pai acatar.

 

Ao Leão Negro matarei,

Seu legado findou!

Jamais trará sofrimento ao mundo,

Uma nova era começou.

 

  • Autor: Paulo de Tarshish (Offline Offline)
  • Publicado: 7 de outubro de 2024 12:19
  • Comentário do autor sobre o poema: O eu-lírico, mencionado na primeira pessoa deste poema, não é o autor.
  • Categoria: Espiritual
  • Visualizações: 6
  • Usuários favoritos deste poema: Emily Vitória


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