ENTRE PEDRAS E FLORES

Carlos Lucena

ENTRE PEDRAS E FLORES.

Eu passo por aqui devagarinho
Às vezes apresso um pouco
E levanto os olhos até o horizonte
E vejo que sou dia e sou noite
Que sou sol
E que sou lua
E entre colinas e montes
Sou terra despida e  nua...
Sou grão 
Latente no chão 
Esperando o tempo chegar
Quem sabe, para nascer 
Talvez para abortar.
Eu vou por aqui.
Apressadamente devagar
Entre pedras e flores
Por isso não tenho pressa 
de chegar
As pedras deixo no caminho
As flores deixo para secar
São como a essência do vinho
Murcham,
Mas não perdem o espinho
E o perfume permanece no lagar
E assim com pressa devagarinho
Não me preocupo em chegar.

  • Autor: Carlos (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 3 de outubro de 2024 16:37
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 19
Comentários +

Comentários1

  • Lilian Fátima

    Expectativas criam ansiedade e no caminhar, o andar mais devagar possibilita ao viajante da vida, observar e se desviar de pedras para atingir seu objetivo.



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.