PALAVRAS, VERSOS E LOUCURAS
As minhas palavras não são minhas
Eu vou pegando -as
no meio do caminho.
E vou entrelaçando- as
e tecendo - as como se fossem linhos
As minhas palavras não são ditas
Nem escolhidas
São colhidas
Por vezes são tiradas dos mistérios
Ou de gavetas esquecidas.
As minhas palavras não são artes
Mas é como se fosse
Um objeto ,um artificio
Que de um pedaço
se projeta em muitas partes
E aí tecê - las seria um oficio.
Mas se não é arte nem ofício
O que seria mesmo essa tessitura?
Se a palavra que é cantada em sacrificio
Ao poema lhe deu outra textura?
Ao artífice deu a a criação
Ao artista, um poema
transformado em canção
E ao poeta, a insanidade da loucura!
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Autor:
Carlos (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 28 de setembro de 2024 07:11
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 17
Offline)
Comentários1
Os poemas geralmente tem estruturas que variam de cada poeta, algumas obras com estruturas mais finas, sem muitas camadas, tal como um plástico fino, já outras obras, semelhantes aos bordados muito bem trabalhados, onde o leigo não consegue entender bem a forma que transformara aquilo.
(Como muitos poemas, que para algumas pessoas é muito vago, mas na verdade, eles que não tem mentalidade suficiente para adentrar dentro do universo do entender da obra.) Abraço querido poeta.
Excelente poema.
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