o pássaro azul do meu desejo avoou
desabitou a gaiola da minha liberdade
não sei se por sina ou qualquer intento
e no último gesto da adejante bondade
saiu silvando pra mitigar o sofrimento
não fugiu de súbito, ele foi paulatino
desfez um a um, os nós do meu peito
e por desatenção ou pela falta de tino
não vi que se rompia laço tão estreito
nessas asas de argila eu fiquei pesado
se sonho despenco até mesmo do sono
e já não ouço mais o seu rouco trinado
apenas o eco, na sombra do abandono
foi atrás de um lugar cheio de encanto
é assim que o guarda meu pensamento
lá, o horizonte cobre o mar com manto
não é chão assim, árido de sentimento
-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 27/09/24 --
- Autor: Antonio Luiz ( Offline)
- Publicado: 27 de setembro de 2024 12:59
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 5
- Usuários favoritos deste poema: Antonio Luiz
Comentários1
Poesia prenhe de emoções. Leitura que cativa
Prezada poeta Lilian,
Fico muito feliz que a leitura a tenha cativado. Muito obrigado pela visita e pelos comentários!
Um abraço.
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