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E se eu morresse agora,
no meio do café da manhã,
com o som do trânsito lá fora,
e o sol iluminando o dia vã.
Os filhos estariam rindo,
correndo pela sala, distraídos,
e o telefone vibrando ao lado,
mensagens que eu não leria mais.
A lista do mercado esquecida,
as contas empilhadas na mesa,
o e-mail sem resposta urgente,
e o relógio ditando a pressa.
O amor? Estaria ali, talvez,
num beijo apressado na porta,
ou no olhar que não reparei,
enquanto o dia corria sem volta.
E se eu morresse agora,
no meio de uma frase qualquer,
as pequenas coisas parariam,
mas a vida seguiria, como é.
O almoço não seria feito,
a roupa não seria dobrada,
mas as memórias, essas sim,
ficariam presas na casa.
E o trabalho, que tanto exigi,
ficaria ali, nas gavetas,
esquecido entre papéis e sonhos
que nunca toquei com destreza.
E se eu morresse agora,
será que o meu amor saberia?
Que no caos da rotina diária,
você sempre foi minha poesia?
19 set 2024 (18:07)
- Autor: Melancolia... ( Offline)
- Publicado: 19 de setembro de 2024 17:07
- Comentário do autor sobre o poema: Uma forma triste de relatar os últimos momentos da vida...Com tanto que eu termine contigo, minha amada e Bela Flor...S2
- Categoria: Surrealista
- Visualizações: 8
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Comentários1
Melancolia....que lindas e profundas escritas .
Me trouxe uma reflexão grande . Obrigado por escrever, abraços ....^?_?^
Boa noite Renan...
Grato pelo comentário e tambem por lhes trazer refçexões belíssimas....
Abraços.
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