Às vésperas me levanto, ansiando pela chegada de um novo amanhã, pois o hoje me sinto tardia - um pouco volúpia, um desejo carnal de devorar meus sonhos.
Quando vejo, já é véspera, e a fome ainda não foi saciada. Há prazeres na vida de uma discrepância enorme: para uns, o desejo não passa de um pequeno fogo se queimando na lareira; para outros... é o lume que invade o Calorífero, na intenção de aquecer o lar que há muito tempo o fogo não invade.
Quando vejo, já é véspera, e a chaminé ainda não foi apagada. Há fogos na vida que, em determinado grau, pode nos causar queimaduras irreparáveis. Para uns, a vontade de se queimar não passa de descuidado; para outros... é o lapso proposital mais faceiro que existe - e que nenhuma hidrosfera poderá apagar.
Mas, num piscar de olhos, a liturgia das horas ira parar os ponteiros.
E, por fim... as vésperas me deito.
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Autor:
Rauhanny (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 18 de setembro de 2024 12:21
- Categoria: Carta
- Visualizações: 17
- Usuários favoritos deste poema: PodeconterPoesia, Poesia, Eu Sou iamai
Comentários2
Muito bom!
As horas ditam os rituais.
Abraços,
Muito obrigado pelo o gentil comentário.
Abraços.
Bravo!!!!
Que intenso e faceiro. Tens o dom viu.
Manda mais!!!
Muitíssimo obrigado por esse comentário, fico muito feliz em ler isso.
escreverei outros poemas faceiros em breve. kkk
Abraços!
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