As vésperas me levanto ansiando pela chegada de um novo amanhã, pois o hoje me sinto tardia, um pouco volúpia, um desejo carnal de devorar meus sonhos.
Quando vejo, já é véspera, e a fome ainda não foi saciada. A prazeres na vida de uma discrepância enorme, para uns o desejo não passa de um pequeno fogo se queimando na lareira, para outros... é o lume que invade o Calorífero, na intenção de aquecer o lar que há muito tempo o fogo não invade.
Quando vejo, já é véspera, e a chaminé ainda não foi apagada. Há fogos na vida que em determinado gral pode nos causar queimaduras irreparáveis, para uns a vontade de se queimar não passa de descuidado, para outros... é o lapso proposital mais faceiro que existe, e que nenhuma hidrosfera poderá apagar.
Mas em um piscar de olhos, a liturgia das horas ira parar os ponteiros, e por fim... as vésperas me deito.