De tantos pedaços de mim
Há vários que posso me orgulhar
Há vários que tento escantear
Há vários que nem sequer quero comentar
Mas em mim há uma parte
Uma parte que nunca sai de mim
E embora nenhum louco no mundo ame ela
Não há algo que me defina tão bem assim
Não são meus olhos, São olheiras
Olheiras que sempre estão presentes
Que mostram minha vida, de eterno cansado
Que mostram que as vezes tenho trabalho árduo
E ora também pelo contrário
Mostram meu cansaço por não trabalhar
Olheiras fundas, de tristeza
Ressaltam minha falta de sono, de beleza
Entretanto, mostram que se estou aqui
É que sei perseverar..
O que melhor para demonstrar?
Noites Apertadas, Noites Confortáveis
Noites de choro, Noites em Claro...
Tudo isso elas revelam
É estranho até. Há um mundo tão belo..
E conseguir ser visto por olhos tão cansados
As Olheiras, Sim... Elas me definem
Não são bonitas, mas mostram tanto
São verdadeiros espelhos do pranto
Que embora espelhem o cansaço
Também espelham a determinação do sonhar.
- Autor: N. Touslion ( Offline)
- Publicado: 14 de setembro de 2024 18:49
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 9
Comentários1
LInda inspiração onde o poeta se esmera em destrinchar esse vazio e desconforto das noites e dias na ausência do amor.
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