vejo os ponteiros tortos
tortas são as horas que se passam
minhas palavras tortas
não encontram um caminho até os ouvidos
o que é preciso fazer?
devo matar ou morrer?
Já não tenho mais sentidos
nem respostas
pelo assoalho torto
os pés procuram o equilíbrio e a discórdia
chaves procuram as portas
ouço esse grito cada vez mais primitivo
o que é preciso saber?
devo sorrir ou sofrer?
Já nem me lembro o que me permito
um olhar reto em um espelho torto
uma moeda por todo esse mau agouro
se enterro o corpo
se liberto o espirito
pensamento torto em copos de vinho
o barato sai caro
é claro que é instinto
viver sem estar morto
torto são os dias de não querer estar vivo
fundo do poço
teto de vidro
nessas paredes tortas que sufocam o infinito
torto adeus
- Autor: Flavio Eduardo Palhari ( Offline)
- Publicado: 3 de setembro de 2024 11:25
- Comentário do autor sobre o poema: LÁVIO EDUARDO PALHARI -( [email protected] ) . Nascido no Paraná na cidade de Colorado , em 1971 , recebeu toda a influência dos anos 80 . As primeiras escritas vieram aos 15 para uma banda de Rock , seguindo de outras formações e sempre mais composições . Sempre como letrista conquistou um FEMUSIC com a música Pálido nos vocais da Banda Meros Mortais . Mora atualmente em Matogrosso e depois de tempos de memórias engavetadas , está trazendo à vida todas as escritas , poemas e letras que escreveu e ainda escreve . Traz um lado sombrio e irónico nos seus poemas que muitas vezes seguem como composições . Tem pronto aguardando um apoio e uma editora 06 livros "AS ESCADARIAS DO DIABO" , "MUNDO DA LUA" , "DIAS RUIVOS","CÓRTEX CINGULADO INFERIOR" ,"MERGULHADO EM GELATINA","O ÚLTIMO SEGUNDO" este ainda em fase de acabamento e correção . Flávio bebeu muito da fonte punk , pós punk e hardcore , influenciando muito o seu trabalho construindo uma forma de escrita única .
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 15
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.