SILÊNCIO MINERAL

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O tempo não tem mais pressa,
o relógio está quebrado.
A aquarela da luz se abraça
com o escuro do meu sombreado.

O relógio está quebrado,
o ponteiro não tem mais pressa.
A cerveja gelada, congela,
sinto o amargor das mazelas.

O tempo parou, o relógio quebrou.
Passado, presente, futuro, pouco importa.
O importante é que aqui estou.

O relógio no chão cai, a porta do bar fecha.
A cena, então, congela.
Mazelas ali ficam e amores se vão,
aquarelas se deleitam em meio à escuridão.

Nada mais importa, afinal, o bar já fechou a porta.
Ao final, me deparo com o gosto amargo do caminho natural.
Vida, tempo temporal, chegou o final, o tal...
Silêncio mineral.

 

  • Autor: De Bona (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 18 de agosto de 2024 15:26
  • Comentário do autor sobre o poema: Pode evocar a ideia de algo profundo e inabalável, como as pedras ou minerais, simbolizando um estado de quietude ou aceitação diante do fim, talvez até a morte, ou a inevitabilidade do destino. O \\\"silêncio\\\" sugere uma pausa final, uma aceitação do que não pode ser mudado, enquanto o \\\"mineral\\\" conecta isso à terra, à natureza essencial e duradoura da existência.\r\n\r\nO poema todo transmite um sentimento de melancolia e contemplação, como se o eu lírico estivesse fazendo as pazes com o ciclo natural da vida. É uma obra que fala sobre a inevitabilidade do tempo e a forma como ele molda nossas experiências e sentimentos.
  • Categoria: Não classificado
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