Maria de Assis Pinheiro

Cidade fantasma



 Dê-me a tua mão,  parece não existir vida na terra,  pois somente consigo ouvir o som do nada.  Não ouço voz,  não escuto fala,  naquela cidade eternamente fantasma. Fantasma de dor,  fantasma de amor,  foi o que me causou.  Vivia carente e pequena,  tu então aproveitaste,  e hoje, graças a ti,   olha quem onde estou,  apenas numa cidade fantasma,  que o mundo apagou.   Olho e não vejo caminho,  tento então ouvir a tua voz, onde o som de nós dois,  um dia naquela cidade abalou. O canto que todos gostavam, hoje eu não mais ouço o som,   não ouço fala,  só existe apenas uma cidade fantasma,  que nem mesmo o tempo apagou.  A antiga cidade fantasma sem dor,   resta ainda a esperança e a saudade,  pois sei que um dia tu voltarás.   Então ouvirei a tua fala,  na minha pequena cidade fantasma.

  • Autor: Maria de Assis Pinheiro (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 15 de Julho de 2020 10:46
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 14

Comentários1

  • SANTO VANDINHO

    Reflexivo poema ! "É assim que tem da Cidade ficar, para o Vírus não pegar" /// Paz e Bem Poetisa ! Beijusss

    • Maria de Assis Pinheiro

      Obrigada Vandinho, feliz em fazer parte como poetisa ao lados de grandes poetas como vc é tantos outros.



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