Dê-me a tua mão, parece não existir vida na terra, pois somente consigo ouvir o som do nada. Não ouço voz, não escuto fala, naquela cidade eternamente fantasma. Fantasma de dor, fantasma de amor, foi o que me causou. Vivia carente e pequena, tu então aproveitaste, e hoje, graças a ti, olha quem onde estou, apenas numa cidade fantasma, que o mundo apagou. Olho e não vejo caminho, tento então ouvir a tua voz, onde o som de nós dois, um dia naquela cidade abalou. O canto que todos gostavam, hoje eu não mais ouço o som, não ouço fala, só existe apenas uma cidade fantasma, que nem mesmo o tempo apagou. A antiga cidade fantasma sem dor, resta ainda a esperança e a saudade, pois sei que um dia tu voltarás. Então ouvirei a tua fala, na minha pequena cidade fantasma.
- Autor: Maria de Assis Pinheiro (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 15 de julho de 2020 10:46
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 14
Comentários1
Reflexivo poema ! "É assim que tem da Cidade ficar, para o Vírus não pegar" /// Paz e Bem Poetisa ! Beijusss
Obrigada Vandinho, feliz em fazer parte como poetisa ao lados de grandes poetas como vc é tantos outros.
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