Dê-me a tua mão, parece não existir vida na terra, pois somente consigo ouvir o som do nada. Não ouço voz, não escuto fala, naquela cidade eternamente fantasma. Fantasma de dor, fantasma de amor, foi o que me causou. Vivia carente e pequena, tu então aproveitaste, e hoje, graças a ti, olha quem onde estou, apenas numa cidade fantasma, que o mundo apagou. Olho e não vejo caminho, tento então ouvir a tua voz, onde o som de nós dois, um dia naquela cidade abalou. O canto que todos gostavam, hoje eu não mais ouço o som, não ouço fala, só existe apenas uma cidade fantasma, que nem mesmo o tempo apagou. A antiga cidade fantasma sem dor, resta ainda a esperança e a saudade, pois sei que um dia tu voltarás. Então ouvirei a tua fala, na minha pequena cidade fantasma.