CIÚME

Maximiliano Skol

Aqueles olhos verdes me ensinavam
A obter, de novo,o amor há muito ausente.
Comoções, entre nós, nos amparavam
Do ciúme num equilíbrio conivente.

Carnosos lábios  teus me intimavam
Longos beijos deter... E  pouca gente
Teve a sorte de amantes que chegavam
Na ventura do nosso  amor ardente.

Faz tanto tempo, mas a mente gira...                                              Eu me lembro de ti que te mantinhas
Na sala odontológica; e que  eu sentira

Desses olhos, ali,  suspeita louca.
E por compensação tu já me tinhas
Ciúme da dentista–em minha boca.

Tangará da Serra, 12/08/2024

  • Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 13 de agosto de 2024 00:23
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 13
  • Usuários favoritos deste poema: Nelson de Medeiros
Comentários +

Comentários3

  • Maria dorta

    Lindooo! E bem espirituoso também! Aplausos de pé!

  • Nelson de Medeiros

    Excelente, mestre, como sempre. 1 ab

  • Dr. Francisco Mello

    Ficou lindo, barbaridade.
    Mas olha, os(as) dentistas, quase sempre são suspeito(as)... Uiahahá.
    Parabéns, tchê. Tu e o Nelson de Medeiros são os MAGOS dos belos sonetos. Baita abraço, xiru.



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