Sentou-se do meu lado o tal sujeito
Dessas pessoas que arfam para se sentar
Contou-me uma anedota trivial
Sobre alguma coisa banal
Ri,
Era o que o homenzinho precisava...!
Para dizer tudo o que pensava
Sobre política, sobre a vida é até escatologia
E eu que não queria conversar
Balançava a cabeça com dissimulada reverência
A fingir que de fato atentava para o que ele estava a falar
O assunto divagava sem qualquer conexão
Sobre as decisões da presidência,
A cunhada de sua vizinha e a divina providência
Tudo o que eu queria era sair dali
E assim, sem cerimônia, levantei-me e saí
Sem inventar qualquer desculpa
Fiz apenas aquela cara de urgência
De quem tem que tirar o pai da forca
Quem sabe outro dia, com outra paciência
Eu escute com resiliência
E ainda consiga Quintanear
Sobre como essa vida é louca.
- Autor: Samuel SanCastro (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 15 de julho de 2020 01:40
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 11
Comentários2
De uma trivialidade tão comum que não se guarda na memória, uma poesia!
Muito bom poeta! Muito bom, poeta!
Abraço
tipicos dias de cidade grande... pessoas correndo, problemas diarios, boa reflexao!
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