Quando eu mordo sinto dor,
mesmo assim me alimento,
do que me dão no momento,
preparo engulo e como.
tomo o suco gelado,
que me leva calado,
ao universo dolorido do queixo,
deixo doer, aprendi com a dor conviver.
Estou procurando apagar,
afastar com terapias e ate brucharia,
simpatia sei la,
sou queria ver essa dor passar.
hei, não estou falando de amor,
nem de uma mulher que me acorda selvagem,
continuo deitado na minha solidão,
com essa dor que me traz palavrão.
a dor que me refiro,
e essa eu não tiro,
e do meu maxilar,
destroncado não volta mais para o lugar.
queria eu estar falando do amor que deixei,
da dor que senti quando te perdi,
em algum lugar e não mais te achei.
e dor de corpo, já me acostumei.
- Autor: Haroldo Alves (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 7 de agosto de 2024 11:18
- Comentário do autor sobre o poema: O poema usa a dor física como uma metáfora para a dor emocional, mas com um toque de humor e resignação. A repetição da dor do maxilar deslocado serve como um lembrete constante das dificuldades que o poeta enfrenta, mas também da sua capacidade de adaptação e resistência. É um poema que mistura leveza e profundidade, mostrando como o humor pode ser uma ferramenta para lidar com o sofrimento.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 33
Comentários2
Desenvoltura poética admirável. Li e gostei.??
Que bom externar essa dor em poesia!
Abraços,
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