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O que era cristalino se tornou opaco
O trato de antes foi de ser roubado
Nada a temer e nem a se esconder
Somente o pesar que carrega em vossas almas a correr
A mim não há nada de se fazer
Se esconder nunca foi opção
Do que adiantaria
Se me encontraram a vagar
Nas ruas estreitas e sem saída
Olhar não adianta mais
A cegueira tomou conta da visão
E o enxergar já não existe mais
O que me resta é gritar e destrinchar
Voltem, por favor, uma única e mera vez
Uma súplica é apenas o que me resta
Ninguém ouve meu coro a chorar
Pelas ruas minha voz ecoa como num sopro a guiar pelas ventanias de teus olhares agora impiedosos
Que só voltam a escória ao outro
Não sinto mais o calor de teus corpos
Nem o aconchego de teus antigos olhares
Vocês se foram feito café em tarde matutina
E o que voltou não era o mesmo de antes
Em versos e mais versos arritmados,
Sem a presença de rimas
Meus pensamentos vagam
Em versos sem espaço
No compasso de seu antigo abraço apertado
A solidão tomou conta de meu reino
E agora não passa de mais um retiro
Nunca saberei explicar se isso foi uma benção ou uma corrosão
- Autor: Harunari (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 5 de agosto de 2024 11:01
- Comentário do autor sobre o poema: Uma tentativa quase falha de escrever um poema expressionista.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 13
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