Um grito para ouvidos surdos 
Um Cristo para o pior dos mundos 
E um beijo para o coração sem alma
Sou eu, no meu esforço último
Sustentado pelo orgulho fútil
Tentando te curar a mágoa
O homem desprovido de forças 
A refeição refém das moscas 
Como um rei de um reino sem servos 
Um belo semblante a olhos cegos 
Sou eu, refletindo nas horas todas
A finalidade do valor nas coisas 
O coração que bate em desespero 
Destruindo a alma por inteiro 
Porquê ama e não é amado !
Sou eu, ansiando por Maria Rita 
Amaldiçoando minha sina maldita
Todo dia, um poema amargo!
Talvez o dia seja uma miragem 
Ou apenas me falte coragem 
Para aceitar a brutal verdade 
Minha paz será sempre longínqua
Da tristeza a poesia infinita 
Quisera que maria fosse fictícia 
Sou eu, sendo sincero e sínico 
A noite sempre dança o mesmo ritmo 
E como este luar legítimo 
Estou imóvel, incrédulo, insatisfeito 
Jamais imaginei um final perfeito 
Apenas que Maria repousasse em meu peito 
Essa realidade que minha mente orquestra 
É a mesma que meu coração despreza 
Não há em minha totalidade sintonia 
Apenas a humanidade crua e fria 
Maldita e bela na razão da inércia 
Escrava perene de uma insaciável tragédia 
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                        Autor:    
     
	Anônimo  (Pseudónimo (
 Offline) - Publicado: 1 de agosto de 2024 07:25
 - Categoria: Não classificado
 - Visualizações: 12
 

 Offline)
			
Comentários1
Bonito e cheio de rimas ricas!
Abraços ao poeta!
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