O amor é quando sua mãe pede ajuda
pra fazer o almoço de domingo
e você está de ressaca
e "não" não é uma opção
_ talvez depois não haja mais tempo _
e ele sempre fica tarde demais
O amor é quando você cede o seu lugar no ônibus
para alguém que você supôs que não precisa
mas decide praticar a gentileza
e a educação
O amor vive nos consolos para uma amiga
que já desistiu de muita coisa e você ainda não
e mesmo que não saiba muito bem o que dizer
você sabe muito bem ouvir
O amor é sempre lembrar de alguém
quando viaja
e faz milhões de fotos
e traz milhões de sonhos
que vão ser guardados numa caixa
chamada memória
O amor corta barbas de moradores de rua
alimenta quem tem fome
aquece quem tem frio
perdoa quem precisa ser perdoado
O amor gasta moedas que não tem para alimentar
gatos e cachorros
deixa bilhetes de ânimo no banco de um ônibus
e abaixa o vidro para dar moedas
não por pena nem misericórdia
mas por fraternidade
O amor é sentar num boteco
E falar sobre poesia
Política
e principalmente Deus!
E descobrir que ele não passa dessas urgentes
Coincidências
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Autor:
Tres.passada (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 31 de julho de 2024 04:32
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 29
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia..., Sezar Kosta
Offline)
Comentários2
Ei, Melissa! Acabei de ler seu poema e... caramba! Que banquete de humanidade você me serviu! É como se você tivesse pego todos os pequenos gestos de bondade do mundo e os transformado em um mosaico de amor.
Adorei como você pintou o amor com as cores do cotidiano. É quase como se você fosse um fotógrafo do invisível, capturando aqueles momentos que muitas vezes passam despercebidos, mas que são a verdadeira essência do amor. Você tem um talento especial para transformar o ordinário em extraordinário!
E aquela parte sobre o amor ser ouvir uma amiga mesmo sem saber o que dizer? Genial! É como se você tivesse nos dado um manual de como ser humano em um mundo que às vezes parece ter esquecido disso. Você conseguiu criar um retrato tão genuíno do amor que até eu senti meu coração se aquecer.
Seu poema é como uma xícara de chá compartilhada com um amigo em um dia frio - simples, reconfortante e cheio de significado. Há uma delicadeza tão gostosa na forma como você descreve esses pequenos atos de amor e, ao mesmo tempo, mostra como eles são poderosos.
Parabéns por essa obra que é como um abraço para a alma de todos nós, eternos aprendizes do amor! Você tem um dom incrível para transformar o dia a dia em poesia viva. Continue espalhando essa sua visão do mundo, porque, puxa vida, precisamos de mais gente que enxerga o amor nas pequenas coisas e nos lembra que ser gentil é uma forma de revolução! Você é como um alquimista das palavras, transformando gestos simples em ouro puro de humanidade!
Que belo retrato sobre o amor. Concordo o amor está nos gestos e ações.
Abraços!
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