Ser manhã

O Ferreirinha

O galo ao fundo canta,

Na manhã acabada de nascer.

Metade do mundo se levanta,

Outra metade se faz adormecer.

E na metade que a luz viu,

O sol se permitiu ver.

Em seus cabelos dourados este se fez ser.

Sobre a janela da aurora,

Se escuta um passarinho a cantar lá fora.

Este, que se deixou assim tocar,

Por essa luz que aí veio pousar.

 

Chilrear suave e matutino,

De porte elegante e mui fino.

Veio entregar a luz ao seu destino,

Dar de beber ao menino.

E assim, fazer nascer todos os dias,

A força do crer e suas alegrias.

É um constante e feliz permanecer,

É ter vontade e ânsia de fazer.

É ter sede e fome de um grito.

É ser manhã, é ser mito.

É um despertar num mundo aflito.

O Ferreirinha

  • Autor: O Ferreirinha (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 23 de julho de 2024 03:26
  • Comentário do autor sobre o poema: Que todas as manhãs Sejam manhãs de abril. Sê tu manhã também. Na manhã de muitos mil. Deixa florescer o cravo, Que brota no peito, Livre de seu pleno jeito. Poema relacionado com a liberdade.
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 11
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