Malditos olhos que me cortejam
As ruínas, os fragmentos e os vestígios
Restos mortais de quem pensava estar vivo
Insaciáveis nuvens cinzas lacrimejam
As lágrimas que caem e me beijam
E assim sinto um desprezo Divino !
Universal e absoluto como antimatéria
Trago uma sina na riqueza e na miséria
Eis aqui, a solidão de um assassino
Acusam os filósofos de ser o destino
Mas como os anjos que caem e se desgraçam
Outrora eu também contemplei o paraíso
Perdi as minhas asas e o dom do sorriso
Ressurgindo para cair, sombras me abraçam
As memórias são feridas para eternidade
Somente uma vez amei, e amei de verdade
E o "Amor" o guia dos poetas para morte
Me tirou a solidão me seduzindo com esperança
Para sempre sem saber, torna-se vingança
Rastejei pelo escárnio como verme escariote
Eis o monólogo universal do egoísmo
Finco aqui meu testamento sem herdeiros
Infinitamente da solidão o hospedeiro
Matéria escura factual do pessimismo!
- Autor: Anônimo (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 21 de julho de 2024 00:24
- Comentário do autor sobre o poema: Maria rita, a única dor que meu coração guarda feliz.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 9
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