Coloridos. Únicos. Profanos. Lábios.
Suas cores. Atraentes; mutáveis. Ora tingidos de vermelho - como o sangue do proletariado que você com fervor defende. Ora em sua forma natural. Semelhantes ao solo do sertão nordestino durante a seca. Marrom claro; marrom escuro. Parece até, quem sabe, pintados com lápis de cor.
Quando me vê, eles se abrem, como portas. Revelam, assim, um portão. Branco; não submetido a nenhum procedimento que alterasse sua essência. Dentes; subsequentes. Os quais formam, sempre, um sorriso resplandecente.
Espero. Um dia. Poder tocá-los. Abrir portas; portões: Chegar ao paraíso; atingir o céu. Não o Céu Divino; o Céu Profano. Barroco; prazer de imediato. E sentir os sabores. Os sabores que sua língua experimentara...
Lábios. Coloridos. Únicos. Profanos. Teus lábios.
- Autor: S. P. (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 20 de julho de 2024 12:04
- Comentário do autor sobre o poema: Honestamente, eu e a musa do poema nunca ficamos de fato, mas ele era bom demais para eu não compartilhar e permitir que alguém usasse no meu lugar...
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 13
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