Eu nasci para ser poeta,
Mas há pouco sequer sabia ler,
Esse é o destino daqueles que nada tem a dizer.
A vida transpassa numa corrente de palavras,
Amarradas, chutadas e quebradas,
Mas saiba que, se um dia houver sorriso,
Afoguei-me, sendo impossível de resgatar,
Pois, tentei enxergar a última dança sob o luar.
Apenas teclas me separam da angústia interminável,
Tendo as palavras como únicas companheiras,
Nisso não há amizade, elas são interesseiras.
Eu as crio, imagino e dou forma,
Elas embaralham e destroem,
Eu aceito, desde que levem embora todas as memórias,
Daquele outrora melhor que o agora,
Assim como diziam aquelas antigas histórias.
- Autor: Hansel ( Offline)
- Publicado: 17 de julho de 2024 08:53
- Comentário do autor sobre o poema: Esse poema eu criei pensando em como me utilizava das palavras para superar uma fase difícil de minha vida. Ao mesmo tempo que aquilo me tirava um peso das costas parecia me sufocar por relembrar todos os sentimentos que passei, até que comecei um processo de autorreflexão e aceitação da dor e de meus sentimentos como algo natural no processo de cura.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 23
- Usuários favoritos deste poema: Maria dorta
Comentários1
Muito bom amigo poeta!
Abraços,
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.