A SÍNTESE E O ÊXTASE

Carlos Lucena

A SÍNTESE E O ÊXTASE
Aqui sentado
Converso com o banco frio.
Os girassóis já invergaram o pescoço
E as cinzas do dia
Se escondem na brisa fria.
Meus olhos já sentem
O orvalhar do silêncio das estrelas.
Penso em vomitar a síntese malfeita
Porque quase tudo ficou no meio do caminho.
Levanto-me e estremeço
Tento um êxtase no recomeço
Mas a síntese não me convence.
Quase impassível
Esqueço os girassóis
E olhos as flores já recolhidas e seus caules
Com as pétalas em casulo
E amanhã não restará
Nem cor do que fora hoje.
Entendo que tudo é como flor
E que ao final tudo se enverga como os girassóis
E que os bancos mesmo frios
Estão sempre acompanhados
E são como divãs!

  • Autor: Carlos (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 13 de julho de 2020 18:50
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 10
Comentários +

Comentários1

  • Ema Machado

    Reflexivo e profundo... Belo demais!

    • Carlos Lucena

      Obrigado! Abraços poéticos!



    Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.