No último vagão, adormecia o Detetive Poeta,
Descansando de suas investigações profundas,
Desvendando as estrofes ocultas,
Que guardam os segredos do coração.
Cansado de mergulhar nos abismos da alma,
Onde os amores e desamores se escondem,
O detetive agora tirava férias merecidas,
Da máfia das palavras disfarçadas.
No primeiro vagão, Poesia Lírica e seu marido,
Poema Apaixonado, levavam seu filho,
Soneto Petrarquiano, em uma viagem,
Ao Reino dos Versos Decassílabos.
Eles queriam ensinar-lhe a métrica poética,
Pois o jovem soneto enfrentava dificuldades,
Em matemática, mas principalmente,
Em encontrar sua voz poética.
Porém, durante a viagem, algo estranho ocorreu,
Soneto Petrarquiano, de repente, desapareceu,
Todos procuraram pelo trem em vão,
Até que chamaram o Detetive Poeta.
Investigando minuciosamente cada verso,
Ele desvendou o mistério oculto,
O jovem soneto se sentia aprisionado,
Entre quartetos e tercetos tradicionais.
Em busca da poesia prosaica perfeita,
Ele acrescentou frases e se desmembrou,
Transformando-se em declarações de amor,
Enaltecendo o diálogo dos amantes.
A vida se tornou uma grande prosa poética,
O soneto encontrou sua verdadeira voz,
Livre de métricas e amarras tradicionais,
Ele descobriu o poder do amor e da liberdade.
Assim, o Detetive Poeta solucionou o mistério,
Restaurando a harmonia na família poética,
E o Soneto Petrarquiano encontrou seu caminho,
Na poesia prosaica, onde seu coração brilha.
- Autor: Sezar Kosta ( Offline)
- Publicado: 15 de julho de 2024 08:20
- Comentário do autor sobre o poema: Olá! Neste texto, eu quis criar uma aventura literária onde os elementos da poesia ganham vida, transformando versos e rimas em personagens de um mistério delicioso! Este é o primeiro poema de uma saga de sete poemas do Detetive Poeta, é como um quebra-cabeça literário, onde cada peça é um elemento da poesia ganhando vida própria. É um mundo fantástico onde sonetos podem fugir, detetives investigam versos, e o amor pela palavra escrita é o combustível que move tudo. A inspiração veio de um sonho encantado onde a gramática e a criatividade decidiram fazer uma festa à fantasia. É como se tivesse mergulhado em um caldeirão borbulhante de estilos literários e emergido com esta história maluca. O conto brinca com a ideia de que a poesia é uma entidade viva, em constante evolução. Temos um jovem soneto que se rebela contra as regras rígidas da métrica (quem nunca se sentiu assim na aula de português?), um detetive que investiga os mistérios do coração através das palavras, e pais preocupados tentando ensinar as tradições poéticas ao filho. Foi fascinante tentar misturar elementos de um romance policial com conceitos de teoria literária. Tentei fazer de conta que Agatha Christie e Fernando Pessoa estavam colaborando em um conto! A história também toca em temas profundos, como a busca pela identidade e a luta entre tradição e inovação, tudo isso embalado em uma narrativa leve e divertida. Que tal compartilhar sua opinião? Você já se sentiu como o jovem soneto, querendo quebrar as regras e encontrar sua própria voz? Ou talvez você seja mais como o Detetive Poeta, sempre em busca dos significados ocultos nas entrelinhas da vida?
- Categoria: Não classificado
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Comentários3
Bravo meu amigo...
Sem comentários.
Belo poema. Boa tarde poeta.
Poema maravilhoso
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