Soneto de algo não correspondido

Harunari Arisa

Cabelos loiros tal qual o ouro mais reluzente

Olhos castanhos igual ao carvalho

Pele branca, qual a porcelana mais pura

Uma risada melodiosa feito música 

Óculos como uma janela que me levam a tua alma.

 

Conhecimento que ultrapassa o infinito

Esse és tu uma rara graça

A qual eu mais anseio.

 

Queria contigo ficar, lado a lado, tal qual os amantes ficam

Porém somos de realidades distintas

O que podia nos entrelaçar, mas só nos separa

Mais e mais

Não posso saber como me vês, mas sei que não é como vejo a ti

Meu físico és algo nada atrativo

Como os demais me enfatizavam

 

A ti deves preferir as mais belas e doces donzelas

Não as desleixadas e estranhas

Se eu fosse ti também preferiria

Melhor um anjo do que um diabrete

 

Alguns podem me fazer serenatas de amor,

Mas mesmo assim,

Meu amor é a ti

E não aos demais

Sei disso pois

Ao chegar perto de ti

Meu peito se flora

Mesmo não o conhecendo parcialmente

Malé má totalmente

 

Queria conversar com ti

Só que tu estás sempre rodeado de pessoas

Enquanto a mim a situação se é oposta a tua

A solidão me confina

Só sei que quero contigo ficar

Mesmo que tu não me desejas do jeito que eu o desejo

 

Gosto de ti

E isso não é nada carnal

E sim

Algo único e excepcional

Ainda não sei o que vi em ti

Pois tudo me agrada

E mesmo distantes penso em ti

Mas sei que não pensas em mim

Não do jeito que eu penso

 

Ademais, lhe digo apenas uma mera vez

Que meu amor a ti és algo verdadeiro e puro

Já senti isso outras vezes em minha pacata existência 

Porém todos se foram

E agora me aparece tu

Com um sorriso largo e belo

Que sempre me cativas

 

Mas mesmo sem teu amor

Ainda tive esperanças por um longo tempo

Juro não foi algo falso e sim verdadeiro

Ademas, és aqui onde meu afeto a ti desfalece.

 

HARUNARI, Arisa. Escrito dia 27 de julho de 2024.

 

 

  • Autor: Harunari (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 13 de julho de 2024 01:29
  • Comentário do autor sobre o poema: Um amor antigo e não correspondido de anos, porém que se desfez feito papel em água. Hoje não sinto mais nada a ele, mas ainda guardo comigo o poema que o fiz, mas nunca tive a coragem necessária de o entregá-lo. O título antes era outro, porém pensei que esse era mais adequado e também, ocorreram pequenas alterações e adicionamentos na carta.
  • Categoria: Carta
  • Visualizações: 12
  • Usuários favoritos deste poema: Melancolia...
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Comentários3

  • Melancolia...

    Já tive vários escritos como este de não ser entregues...Hoje me esforço o máximo para que alcance o coração almejado...
    Parabéns;;;

  • bell

    simplesmente amei
    era como se desse para sentir o que você sentiu ao escrever cada palavra desse poema

  • Shmuel

    Bonito e carinhoso poema!

    Abraços!



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