Ás vezes eu não sei bem o que escrever,
Vez ou outra, tenho tanto, mas tanto a dizer...
Quando me calo, é quando meu corpo tem tanto a falar,
Me faltam palavras e transbordo em gestos para expressar...
Meu corpo em movimento, eu danço para o nada, para o vazio,
Eu choro, canto e sorrio...
Sou rio?!
Navego em minhas tempestades, ondas que vem e vão,
Ora sou brisa fresca que acaricia a areia,
Ora sou trovão...
Sou livre como um pássaro,
Mas tenho raízes para voltar....
Quando o corpo fala, sem palavras, revela a verdade,
Gestos sutis, expressões que contam toda a realidade,
Nos olhares se encontram segredos profundos,
Em cada movimento, desvenda-se o mundo.
No silêncio dos gestos, um universo se entende,
A linguagem não verbal, onde tudo se prende,
Sorrisos que contam histórias sem fim,
Quando o corpo fala, o coração fala assim.
Movimentos desconexos, uma dança solitária,
Minha alma se desnuda, meu corpo pulsa,
Uma guerra entre o ego e o eu, repulsa...
Sinto e me ressinto,
Em meu instinto monstros internos vindo à tona, pressinto
Enquanto me movo sem pressa rumo ao vazio, pondero a cada passo,
Sigo lentamente no compasso, me arrasto, me arraso, escracho
Uma dança de curvas sinuosas,
Braços e pernas,
Eu me jogo ao chão, ouço os aplausos,
Surge dentro de mim um turbilhão,
Emoção?
Meu corpo fala, minha alma não se cala..
E nesse turbilhão, um peso de expectativas sola sobre mim,
A formalidade imposta, um manto que sufoca, que fere,
Entre a força esperada e a fragilidade que não sei mostrar,
Nas sombras da coragem, busco o que é meu por direito,
Um espaço para chorar, para sentir, para amar.
Cada passo é um grito silenciado, uma busca por liberdade,
Desvendar as camadas de um ser que anseia ser visto.
Na dança, encontro a força e a fragilidade, lado a lado,
O homem que sou e o homem que desejo ser,
Entre aplausos e silêncios, um desejo de conexão,
Um convite para que outros se unam, quebrem as correntes,
E dancem suas verdades, em um ritmo que é só nosso.
Meu corpo fala, grita, exala,
No vazio me movimento para ninguém,
Arrepio na espinha, sinto minha carne pulsar,
Movimentos, danço pro vento e sinto ele me abraçar,
Sou feita de pedaços,
Me encontro remendada e por dentro sinto os cacos de antigas versões de mim...
Quando a boca cala, meu corpo grita,
Minha alma se agita e quer fugir de mim...
Fim?
Ora não chores, não fique assim...
O corpo diz o que queremos dizer mesmo que a boca não nos dê permissão,
O corpo diz as verdades, ao contrário das palavras que saem da boca, por vezes são meras inverdades...
Vaidades?
Para agradar o outro não se fala, tudo que não se diz com o tempo se entala,
Faça e refaça as malas, desfaça as máscaras,
Não vê que o você não expressa é uma trapaça,
Pensei um pouco em si mesma, pare logo de pirraça,
O corpo fala e alma grita, se irrita e não se cala...
Quando o Corpo Fala
No silêncio da alma, o corpo sussurra,
Segredos guardados, histórias profundas.
Um olhar revela, sem precisar de palavras,
As dores, os amores, as marcas das lutas.
A pele, em sua textura, narra capítulos,
Cicatrizes que desenham mapas de vida.
O toque, suave ou firme, declara intenções,
E nas mãos trêmulas, a emoção contida.
O coração pulsa ritmos de antigas canções,
Cada batida, um verso de existência.
Os lábios, mesmo fechados, murmuram,
Promessas, saudades, verdades em essência.
Quando o corpo fala, a alma se expande,
Em gestos e movimentos, encontra liberdade.
Escuta atenta ao seu próprio compasso,
Na dança sagrada da sua eternidade.
By: Biopoetisa
Sou apenas um corpo que se movimenta,
A vida é um sopro, por isso me movo em câmera lenta...
A intensidade de meus passos,
Rodopio em seus braços, nossa dança tão intensa num íntimo compasso,
Traço o retrato, meu corpo com o teu fazem um trato,
No prazer da dança o seu corpo se desenha perfeitamente ao meu,
O ritmo do sapatear, me sinto do chão levitar,
Flutuar?
Solto o ar de meus pulmões,
Sensações vem e vão,
A arte minha alma exala,
Quando o corpo fala...
Com um sorriso no rosto e um pesar no coração, falar é bom, mas como explicar a emoção? Não é preciso falar para amar, não chorar não é felicidade, até porque só você sabe o que sente de verdade. Ao deixar o corpo falar, está se abrindo para os outros olhar, e poucos têm coragem para mostrar.
- Autores: Bruh Poesias e Luz (Pseudónimo, Melancolia..., Biopoetisa , Marck
- Visível: Todos os versos
- Finalizado: 15 de julho de 2024 18:22
- Limite: 8 estrofes
- Convidados: Público (qualquer usuário pode participar)
- Comentário do autor sobre o poema: Esta poesia reflexiva fala de quando nosso corpo fala, mesmo quando nossa boca se cala. A construção dela fala sobre o corpo em movimento, a alma que não se cala e transborda sentimentos. Rimas de preferência nos versos!
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 22
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia...
Comentários1
Um poema lindo, e profundo gostei muito de fazer parte.
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