Venham, ó mechas de fogo em brasa,
Cachos de luz, rubis de beleza infinita!
Deixem que o poeta se compraza
A queimar nesta fogueira inaudita!
Que venha o sol em tépida lucerna
Na tardinha que se esvai ruborizada
A confundi-los com o vermelho do poente!
Deslizem sobre esta face alvaiada
Cachos de luz de beleza incandescente!
Escorram quais rubras lavas, pela alvura deste colo,
pelas curvas destes seios!
Que se cubram céu e solo
Por esta enxurrada de anseios!
Pois, da eternidade, da morada dos Deuses,
Aos teus cabelos compôs esta balada
O menestrel da alma aflita!
Venham, ó mechas de luz encantada,
E iluminem o peito onde a paixão habita!
Nelson de Medeiros
- Autor: Nelson de Medeiros ( Offline)
- Publicado: 11 de julho de 2024 15:37
- Categoria: Amor
- Visualizações: 36
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Comentários2
Lindo demais! Foi um prazer ler-te.
Boa noite e até breve!
Bom dia, Leide. Que o domingo lhe seja profícuo! 1 ab
Nelson, ler teu poema foi uma lufada de ar,em tarde em que nem o ventilador nos socorre! Vem o poeta, nossa alma aquieta com seus versos que são belos e sopra um ar de beleza como o zéfiro. Você sempre acerta. Benvindo de volta!
Bom dia, minha amiga poeta. Imenso prazer ler teus comentários sempre além do que mereço. Bom domingo. 1 ab
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