Luar Sangrento

Rychard S. Paz

Luar Sangrento, campos de herbáceas

Cantam o réquiem das nossas esperanças;

Louvam ao tardar como negras galináceas

Trovando poesias de íntimas lembranças.

 

Ama os mirrados dorsos de um talhe férico

Torneado por velas arraigadas e infantis,

Este Éden de terreno avaro e colérico,

Adornado por flores carnívoras e hostis!

 

Há muito esvaíram-se nossos queridos ares;

Diluíram-se nas águas de mares esquecidos.

São tristes amantes sem seus amantes pares

Como irrecuperáveis paraísos perdidos.

 

Luar Sangrento, em ti me encerro;

Sou consumido por tua inteira fúria.

Sangra em mim, que em tu me enterro

Para livrar-me desta vil penúria!

 

 

  • Autor: Rychard S. Paz (Offline Offline)
  • Publicado: 4 de julho de 2024 14:16
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 12
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Comentários1

  • Shmuel

    Lindo e lírico!
    Abraços nobre poeta!



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