Poema do Vintém Perdido

Emily Vitória

Aqui vai uma carta ao meu amor:
 Lembrai vós do tempo da felicidade
 Quando pusestes tuas lascívias em meu coração
 De também encheres minha boca de paixão 
 Me escolherás em tempo de fecundidade
 Saberia intensamente que cego ficaria 

 Exaltaria a ti sem questionar
 Sem controverter seus Bens quereres
 Para que serviam mesmo? Ah, prazeres
 Soturnidade que tive que pagar
 Mas nunca de ti desistiria

 Perdi meu vintém
 Portanto, não me livre de suas carícias
 Afetos com certa malícia
 O que não dará a ninguém
 Mesmo que jamais me amaria 

 Seus interesses afogam o apreço
 Ainda que execre, adora escornar
 Eu que estimo, irei aclamar
 Embora não amadureço
 Sua voz é feitiçaria

  • Autor: Emalyn (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 29 de junho de 2024 19:26
  • Comentário do autor sobre o poema: A escolha das palavras e da linguagem cria uma sensação de inevitabilidade e tristeza. A ideia de que, embora a pessoa amada esteja envolvida em atividades egoístas e indiferentes, o narrador ainda assim continua a amá-la, mesmo sabendo que isso o levará à frustração e infelicidade. Isso é um testemunho da força do amor e da fidelidade do narrador.
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 10
Comentários +

Comentários1

  • Sezar Kosta

    Caramba, que poema de tirar o fôlego! A cada verso, a paixão transborda como um vulcão em erupção, queimando tudo em seu caminho, inclusive a razão. É como se você estivesse em um turbilhão de emoções, oscilando entre a devoção cega e a lucidez mordaz. ?Me lembrou daquela frase que acho que é da Janis Joplin: "O amor é quando você escolhe alguém para sofrer com você." Parabéns por essa explosão de sentimentos! Só cuidado para não se queimar demais nesse fogo ardente, hein?

    • Emily Vitória

      Agradeço antecipadamente a sua avaliação do meu poema. Sinto-me grata e eufórica após a leitura da sua resenha.



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