Aqui vai uma carta ao meu amor:
Lembrai vós do tempo da felicidade
Quando pusestes tuas lascívias em meu coração
De também encheres minha boca de paixão
Me escolherás em tempo de fecundidade
Saberia intensamente que cego ficaria
Exaltaria a ti sem questionar
Sem controverter seus Bens quereres
Para que serviam mesmo? Ah, prazeres
Soturnidade que tive que pagar
Mas nunca de ti desistiria
Perdi meu vintém
Portanto, não me livre de suas carícias
Afetos com certa malícia
O que não dará a ninguém
Mesmo que jamais me amaria
Seus interesses afogam o apreço
Ainda que execre, adora escornar
Eu que estimo, irei aclamar
Embora não amadureço
Sua voz é feitiçaria
No final, Tal-qualmente
Não serei eu o tolo
Desconsiderarão comer o bolo
Gasto, acabado, ruim expressivamente
Até lá, meus braços não alcançaria, acabaria.
- Autor: Emalyn (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 29 de junho de 2024 19:26
- Comentário do autor sobre o poema: A escolha das palavras e da linguagem cria uma sensação de inevitabilidade e tristeza. A ideia de que, embora a pessoa amada esteja envolvida em atividades egoístas e indiferentes, o narrador ainda assim continua a amá-la, mesmo sabendo que isso o levará à frustração e infelicidade. Isso é um testemunho da força do amor e da fidelidade do narrador.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 10
Comentários1
Caramba, que poema de tirar o fôlego! A cada verso, a paixão transborda como um vulcão em erupção, queimando tudo em seu caminho, inclusive a razão. É como se você estivesse em um turbilhão de emoções, oscilando entre a devoção cega e a lucidez mordaz. ?Me lembrou daquela frase que acho que é da Janis Joplin: "O amor é quando você escolhe alguém para sofrer com você." Parabéns por essa explosão de sentimentos! Só cuidado para não se queimar demais nesse fogo ardente, hein?
Agradeço antecipadamente a sua avaliação do meu poema. Sinto-me grata e eufórica após a leitura da sua resenha.
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.