Fui às terras de nascente,
Onde a luz germina fria,
Ver se estavas lá presente
Com o amor que tanto queria.
Procurei-te loucamente
Em cada fração do dia!
Em cada raio luminoso;
Em cada traço formoso!
Nem de noite eu me rendi!
Procurei-te em cada vulto.
Toda a voz eu atendi,
À escuta dum tom oculto.
…Nem plos temas que vendi
Ao colóquio mais culto
Recebi tua existência
Ou qualquer tua evidência…
Que castigo é não te ter
Junto a mim, na minha vida!
Tarda a hora de te ver
Com paixão clara vestida
E sapatos de fazer
Da lama várzea florida.
…E por falar em flores:
Nos teus olhos, que tens por cores?
É que até verdes achei,
Em esmeralda e azeitona,
E azuis… que já nem sei…
(tampouco me lembra a dona).
Tantas vezes me vidrei
Num olhar que me apaixona,
Mas nunca fiquei ligado
Por amor, ao outro lado…
Por trás de que olhos te escondes?
Já olhaste para mim?
Claro que não respondes…
Também deves estar assim…
Vem destino! Pra que nos sondes!
Pra que nos juntes por fim!
Que o amor é que liberta
As almas pra a vida certa!
- Autor: R. Barbosa Gameiro ( Offline)
- Publicado: 25 de junho de 2024 15:20
- Comentário do autor sobre o poema: Acredito que quando uma pessoa sente que ainda não encontrou a alma gémea, alguém, algures, também poderá estar a sentir a falta desta união que só o destino pode trazer.
- Categoria: Amor
- Visualizações: 16
- Usuários favoritos deste poema: Shmuel
Comentários2
Belo poema uma hora você vai encontrar sua alma gemea, mas nem sempre poderá ser seu companheiro apenas seu irmão. Parabéns poeta.
É verdade! Encontrá-la já é uma sorte... quanto mais viver com ela!
Obrigado pelas palavras.
...Que o amor é que liberta
As almas pra a vida certa!"...
Achei lindo o poema!
Vou favoritar agora.
Abraços!
Fico muito contente que tenha gostado!
Abraços!
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