Eu morreria por você

Por coincidência do destino ou só pelas suas certezas, não sei, acabo de ouvir Lenine que sempre me remete ao seu bom gosto musical, mas ouvi-lo falar sobre paciência e esbanjar poesia num trocadilho efêmero entre “a vida espera do mundo e o mundo espera de nós “, me inspiro a pensar em você, me inspiro a questionar suas “paciências” e me inclino a olhar seu mundo, o mundo que um dia me estigou a querer descobrir o que tem por trás da íris desses olhos negros. (diga-se de passagem que o desejo é contínuo).

Você me tira o fôlego sem que eu perceba e morrer nos teus braços me parece sempre a melhor alternativa a se escolher, eu prefiro morrer com você.
Tudo é muito confuso, tudo é muito quente aqui dentro, tudo parece me arrepiar e é como se o universo cooperasse sempre a seu favor. É como se o que eu quero não tivesse valor de absolutamente nada, porque talvez ele me conhecesse bem melhor do que eu.

Eu ouço um bem-te-vi que canta lá fora e meu desejo é exatamente esse, TE VER.
Te ver por inteiro, despedido, sem métricas, sem telefones celulares, sem vida corrida, sem mundo, só para estar no nosso mundo.
Nosso mundo que talvez dure duas horas e se desfaça por longos anos posteriores, mas eu morreria por você.

Estou sentada aqui desejando vê teu sorriso tímido e louca para ouvir teu sotaque gostoso, numa trilha sonora safada narrada calmamente por você. Estou desejando passear minha língua pelas linhas dos teus lábios grossos, ouvir a valsa da tua respiração, sentir a sinfonia das tuas mãos que certamente apertará minha bunda numa tentativa de falar que estava com saudades (ou acho que estava).

Eu morreria por você.
Eu morreria pra estar com você.
Eu morro e ressurgo todas as vezes que você me toca e eu queria entender que porra é essa, que alucinógeno é esse que teus poros exalam que me fazem reviver exatamente tudo de novo e de novo, como se fosse ontem que te vi pela primeira vez?

Que loucura é essa que me deixa sem ar e me dá borboletas no estômago só de vê uma simples notificação sua.
Que estado de embriaguez é esse que cê me deixa com suas vindas repentinas e com tua intensidade avassaladora que me tira a roupa estando do outro lado do mundo?