Nutria em seu corpo a chaga viva
Ardia, revirava em labaredas,
Sob as cicatrizes, na pele fina machucados se alastrava
Como um vírus letal, a dissecava.
Mas passar por tudo isso não foi em vão,
Teve a chance de conhecer de perto o profundo e corroído algoz da decepção
Que em sua fé depositava a falsa chance de uma absolvição
Em luto, seus pés em chamas pisava em espinhos,
E ainda assim, insistia em andar.
Nas vezes que engatinhou quase sem forças,
Os joelhos puídos sangrava mais do que seus olhos
A dor era um ritual massacrante,
Atos diabólicos jamais esquecidos.
Em seu coração a bondade jamais morre
A lança da maldade feriu mas não aniquilou
Prevaleceram as veias de fé, e nas incrédulas constatações,
O abandono do fel que afogou o próprio mal.
- Autor: Lim ( Offline)
- Publicado: 13 de junho de 2024 15:16
- Categoria: Conto
- Visualizações: 10
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia...
Comentários2
Transcedental e verdadeiro.
Toda a aniquilação do mau se espalhou e só feriu...
Espero que se curem com as cicatrizes...
Abraços;;;
Obrigada pelas palavras. Abraços
Belas figuras acopladas em perfeitas melodias poéticas....
Abraços poéticos.
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