Nutria em seu corpo a chaga viva
Ardia, revirava em labaredas,
Sob as cicatrizes, na pele fina machucados se alastrava
Como um vírus letal, a dissecava.
Mas passar por tudo isso não foi em vão,
Teve a chance de conhecer de perto o profundo e corroído algoz da decepção
Que em sua fé depositava a falsa chance de uma absolvição
Em luto, seus pés em chamas pisava em espinhos,
E ainda assim, insistia em andar.
Nas vezes que engatinhou quase sem forças,
Os joelhos puídos sangrava mais do que seus olhos
A dor era um ritual massacrante,
Atos diabólicos jamais esquecidos.
Em seu coração a bondade jamais morre
A lança da maldade feriu mas não aniquilou
Prevaleceram as veias de fé, e nas incrédulas constatações,
O abandono do fel que afogou o próprio mal.