"Estou fora do escritório, explorando novos horizontes. Voltarei em breve com novas ideias e energia renovada!"
No palco da vida, um ator sem rosto,
Declama a peça do adeus sem gosto.
"É bom saber a hora de partir",
Sussurra ao vento, antes de sumir.
Com desculpas tecidas em fios de prata,
Evita o toque, a dor que desata.
"Tenho que ir", diz com olhar distante,
Fugindo de um laço que parece amarrante.
Traumas de outrora, escondidos na alma,
Guiam seus passos, buscam a calma.
"Não é você, sou eu", repete em lamento,
Cortina fechada ao sentimento.
Mas o ato final, revela a verdade,
A solidão escolhida por necessidade.
Nunca foi próximo, sempre um estranho,
Por medo de amar, de sofrer e se quebrar.
"Amigos, conhecidos, perdão pela distância,
Minha alma nômade tem outra ânsia.
Busco o horizonte, onde ninguém me espera,
Lá, sou livre, sem a dor que me aterra."
Assim, o ator desaparece na noite,
Deixando para trás o que o açoite.
É bom saber a hora de partir,
Para não ferir, nem se ferir.
By Lunix.L / Eu, Luis Silva
Comentários1
Muito belo!!! Parabéns!
Obrigado! ^-^
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.