Deixo-me engolir sob o espectro do silêncio;
E contagio-me com a sua genuína alegria.
Pois ele não é fácil de lidar, eu compreendo.
Há muitos que se deixam contaminar pela sua agonia.
Inspiro-me por ele, como por uma agradável melodia;
E junto os porquês para montar uma sintonia.
Não me gabo de ter criado um mantra;
Apenas de ter encontrado uma eficaz alavanca.
O silêncio é como música para os meus ouvidos;
Quando se encontram despertos todos os meus sentidos.
É no limiar da sua temerosa aparência,
que encontro as partes da minha essência.
Convido o silêncio para jantar comigo;
Ele aceita o meu convite sem hesitar.
Nunca pensei que pudesse ser tão bom amigo;
Num jantar onde veio tudo a fracassar.
Ele é imparcial na sua parcialidade;
Não tem voz, tamanho nem idade;
Na hora em que os ânimos se exaltam,
ele acolhe com clareza os juízos que faltam.
Deixei o silêncio reinar em mim por um tempo;
Fomentei em mim uma capacidade de discernimento;
Acolho o silêncio e vamos nós de mãos dadas;
E colocamos de parte o medo das águas passadas.
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Autor:
Lesy Williams (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 16 de maio de 2024 06:56
- Comentário do autor sobre o poema: O encontro com a paz
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 3
Comentários1
Belo e sábio poema. Cheio de boas metáforas. Aplausos!
Obrigada Maria pela apreciação. Siga os meus poemas, tenho mais metáforas para apresentar. 🙂 Um abraço.
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