Marçal de Oliveira Huoya

Xadrez Chinês

Ah
Como o negro é belo,
Aliás, diga-se de passagem,
Sem nenhuma margem de erro,
Assim como o branco,
O vermelho e o amarelo,
Pois não existem raças,
É só uma trapaça,
De quem lucra com isto,
Ou para o louco,
Pra quem o outro é o anticristo,
Racismo, segregação,
Nenhuma cor é exceção,
É coisa da cabeça de humanos,
Para se tornarem estranhos,
Entre si,
Uns aos outros,
Lá e aqui,
Alemães e judeus,
Hebreus e filisteus,
Sunitas e Xiitas,
Egípcios e hititas,
Tutsi e hutus,
Podiam ser verdes ou azuis,
Inimigos mortais,
Mas de cores iguais,
Têm sangue da mesma cor,
Mas que pena, mas que horror,
O Homem nunca vai mudar,
Sempre vai desejar separar,
Mas um dia, em muitos anos,
Estaremos no mesmo plano,
Mortos ou misturados,
Todos do mesmo lado,
Um mundo só de mestiços,
Frutos do mesmo feitiço,
Da mistura de todas as cores,
Do amor de todos os amores...

  • Autor: Vênus (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 9 de Julho de 2020 12:48
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 5

Comentários1



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.