Colapso

Evando Souza Argôlo Júnior

Que arrependimento não ter-me lapidado para o momento
Julguei-me sábio, mas fui um tolo
As palavras fugiram quando a emoção tomou conta
Embaralharam-se num quebra-cabeça difícil de decifrar

Tua presença quase divina desestabilizava-me
Ao ver sua face, meu coração explodia 
Impossível esconder o que sentia
A paixão traduzida pela minha cinestesia, imatura e despreparada

Tentei expressar-me, porém colapsei
Uma pane elétrica, disparos de energia
Fiquei sem cor, e assim um branco me veio a mente
Da boca, apenas palavras trêmulas, confusas e repetidas

Proporcionalmente ao meu desespero
Foi o mistério em sua resposta
-"Boa sorte", acompanhado de um semblante frio e um leve deboche
A incerteza agora somada as dúvidas do que isso significaria.

Cheio do vazio, buraco sem fundo
Caminho que não levava a lugar algum
O branco em minha mente, logo escureceu
Vermelho fiquei, sentindo cada gota de sangue fluir pelas veias

Infelizmente ainda não era o fim
Pelo menos para mim
Sem final feliz
Apenas início do fim.








 

  • Autor: Evando Souza Argôlo Júnior (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 12 de maio de 2024 23:23
  • Comentário do autor sobre o poema: Poema que complementa e faz referência ao poema "Antes de você, ninguém".
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 4
Comentários +

Comentários1

  • Maria dorta

    É sempre assim com o Amor. Enche_ nos de alegria mas um dia pode falhar e nos derrubar de tristeza. Temos que aceitar esse ciclo! A poesia lhe vê há sempre em socorro!



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