Não tenho muito o que dizer
Também não sei sobre o que falar?
Minha voz falha, sem sair nem um pingo
Do som, nem o sussurro
Da fala, do meu gritar
Gritando dentro de mim
Porém, não vai, não sai
Fica fechada entre meus lábios
Selada está minha boca
Selada minha dor
Selada fala
Calada estou
...
Observando seus passos
Em meio ao curto espaço
Da cozinha à sala de estar
Não direi nada, porque de certa forma
Calada, estou a te ver
Falar, falar consigo
Sem receio, sem liga
Sem saber que aqui estou
Bem no canto daquele sofá
Vendo-lhe, várias vezes
Repetidas vezes
...
Desculpe-me.
Por cada vez, não sabe
O que dizer? O que fazer?
Sem saber nada além de te observa
- Autor: vyolletapurple (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 11 de maio de 2024 14:14
- Categoria: Perdão
- Visualizações: 7
Comentários1
Parece ser a repetição de ações sempre iguais, dissolução de um casal? Brigas de apaixonados? Seres que não mais se curtem e vivem como zumbis? Tudo isso me passou pela cabeça e não resolvi seu enigma. Proposital?
Exatamente essas emoções queria transmitir nesse poema, coloque algumas repetições propositalmente em partes pois achei que trazia uma relevância no contexto abordado: (É exatamente a visão de um casal, que tiveram uma briga mas ela não conseguia reagir sobre a situação enquanto ele andava enquanto reclamava sobre tudo do relacionamento). Amei, seu comentário :>
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