Na vastidão do sul, onde as águas se espalham,
O rio transborda, e com ele, histórias calham.
Animais sem abrigo, na correnteza se vão,
Levando consigo, parte do coração.
Histórias de vidas, interrompidas, silenciadas,
Pelo rugir das águas, agora desgovernadas.
O medo se instala, no olhar de quem fica,
Perguntando ao destino, o que a maré indica.
Mas mesmo na morte, que a natureza traz,
Há um ciclo que segue, imperturbável e capaz.
De trazer nova vida, onde antes só havia dor,
E mostrar que no fim, ainda resta amor.
Quando as águas baixarem, o que será revelado?
Talvez a perda, ou um novo legado.
Mas a esperança persiste, na alma gaúcha,
Que se reergue forte, como a própria luta.
E assim, entre medos e a certeza da mudança,
O povo do sul, sua força não balança.
Na reconstrução, de lares e de vidas,
A esperança se tece, em novas partidas.
- Autor: sahhdeodata ( Offline)
- Publicado: 9 de maio de 2024 19:34
- Comentário do autor sobre o poema: Esse pema fala sobre a capacidade das pessoas de enfrentar desafios, como os causados por inundações, e de se reerguerem com força e determinação. O poema destaca a solidariedade e a união na reconstrução de vidas e lares, enfatizando a esperança como um fio condutor para um novo começo. É uma homenagem à força do espírito humano diante da adversidade.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 6
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia...
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.