A paixão corroía-lhe a alma e enchia a sua mente com um torpor sufocante. Ele aparentava sempre carecer de um sentimento que conseguisse bagunçar a sua cabeça e contorcer seu coração. Nem ele sabia a razão da necessidade. Quiçá apreciasse o abalo do sentir. Um sensual. Configurou um amor exclusivo para si: um que pudesse oxidar o seu âmago com a doçura maçante, preenchida de conjecturas e incentivos ritualísticos, que tomasse seu espírito à força, a fim de, porventura, enobrecer-se a si mesmo e ao objeto de sua ternura.
- Autor: Mariizans. (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 22 de abril de 2024 10:37
- Categoria: Conto
- Visualizações: 2
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