Mariizans

Teórico.

A paixão corroía-lhe a alma e enchia a sua mente com um torpor sufocante. Ele aparentava sempre carecer de um sentimento que conseguisse bagunçar a sua cabeça e contorcer seu coração. Nem ele sabia a razão da necessidade. Quiçá apreciasse o abalo do sentir. Um sensual. Configurou um amor exclusivo para si: um que pudesse oxidar o seu âmago com a doçura maçante, preenchida de conjecturas e incentivos ritualísticos, que tomasse seu espírito à força, a fim de, porventura, enobrecer-se a si mesmo e ao objeto de sua ternura.