Vento de outono, o que me traz hoje? todas as folhas caidas não varridas, como não varrido estão meus medos, sim; meus medos que tanto me paralisam.
Prudência, eu grito por prudência; não tive, não conheci, não vivi.
Já chorei por amor, já fui adolescente; já feri meus próprios pés.
Conheci gente, conheci anjo, anjo que não ouvi; e por que não ouvi?
Outono outono, sempre vem e nunca mais volta, outono passado tão poético.
Minha estação, meu lugar, minha poesia; vento frio com poeira de onde não sei; limpo os meus olhos esta noite.
Um casaco que seca, outono chuvoso e rua deserta; lúcido lembro, triste entendo minha tal loucura de querer apalpar o outono que foi.
Dias passaram e meu ontem ainda vive; tropeço pensando na neblina que se perpetua.
- Autor: Thiago de Melo (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 21 de abril de 2024 11:55
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 4
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.