Emily Vitória

O Iludido Desiludido

Quando era jovem
Costumava dizer que voava
Agora danço
Sambo entre as nuvens e seus dedos

Vivendo entre tais suspiros apertados
Eu choro, esperando afirmações
Mas rio, sem tais confirmações
Porque sou triste feliz

Na infância que tive, aproveitei
No amor que tenho me esgotei
Sendo assim, me solte como pipa
Deixe-me voar como linha ativa

Recorde do seu último buquê na primavera
Tais brincadeiras eram belas, amarelas
Logo, logo me empurrou
E me lançou para os facões

Então, caso queira brincar com o meu pobre
Falido, falido e miserável coração
Saiba que joguei a chave fora
Bati a porta, e disse: não. 

  • Autor: Emalyn (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 15 de Abril de 2024 09:18
  • Comentário do autor sobre o poema: Eu lírio, no passado, era iludido sobre algumas coisas, mas agora sabe melhor, e está desiludido. Além disso, o título também transmite uma sensação de resignação, como se o eu lírico estivesse resignado à sua desilusão e aceitasse sua situação.
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 7

Comentários1

  • Maria dorta

    É normal na juventude cultivar ilusões e fatalmente, nos também, sofremos desilusões. Elas nos forjam a têmpera para continuar distribuindo amor e nunca dele desanimar. Amar sempre faz bem em mesmo desiludido. Bonito poema!



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