No primeiro Ar, na primeira Luz, surge a animação...
No primeiro Choro, despertar para a vida, à procrastinação...
Incontáveis vezes ouvi: "a vida são apenas sopros"...
Todos os que proferiam repousam agora, a três metros...
No meu relógio, quinze para as nove, chegou a grande hora temida...
Apresentar as contas da jornada, antes de justificar a partida...
Minha juventude eterna, efêmera, meu entendimento cegou...
Após um cochilo de arrogância, a vida simplesmente passou...
Não me deleito em festejos ou alguma celebração...
Observo apenas nos jornais os obituarios da minha geração...
Fui uma história fugaz, perseguindo sonhos e ilusões...
Acreditando serem estrelas, quando eram meros faróis...
Refletindo sobre o balanço da minha vida...
Precisei lavar eu mesmo minhas feridas...
A colheita do que plantei não está associada à sorte...
Tudo o que sei da vida, aprendi por meio da morte...
Não raro, a razão discorda da realidade...
Meu derradeiro sorriso será o adormecer para a eternidade...
- Autor: JJ (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 14 de abril de 2024 21:50
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 4
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